segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
CASOS CASAS & detalhes
Será que a culpa é da televisão, da preguiça ou do tempo que não há? A verdade é que não passeamos mais. Ou, quando vamos passear, a trajetória já tem que estar previamente definida, de preferência terminando em algum restaurante, ou churrascaria ou num buteco. Mas houve tempo, e o Serjão é testemunha (ou cúmplice) em que saíamos com uma mochila e íamos por aí. Passeando sem rumo, parando pra comer um pão com mortadela, acabávamos descobrindo paisagens curiosas. Como essa aí em cima. Mas não é São João? Calma, é São João sim, mas vista do Santo Antônio! Com o tempo vamos aprendendo que não são as coisas que mudam, ou não é paisagem que muda, e sim o olhar. Já falamos aqui no Blog da paz vivida ao lado da Igrejinha do Santo Antônio. Esse passeio vale a pena ser feito (lembram-se das excursões que fazíamos no grupo?) pois é uma maneira de redescobrir a cidade. Ah, e com direito a curtir um autêntico pau-brasil, vejam só!
Fotos: Serjão Missiaggia
Texto: Jorge Marin
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Eu sou de uma época em que andávamos por todos os lados. Conheço cada palmo desta terra. Minha alma está impregnada destas montanhas e morros. Sinto ainda seu cheiro de capim, cheiro de terra molhada, de flores do campo.
ResponderExcluirHoje os morros já estão habitados... e assim é e assim será.
Mas que sinto saudade, eu sinto...
Mika
É verdade, Mika! O crescimento urbano e populacional; e também alguns hábitos, como ver TV e computador, transformaram o nosso olhar: hoje só olhamos pra frente. Aqueles olhares com os quais brincávamos, de lado, de cima, por trás das árvores ou de olhos fechados (sonhando) parece que foram ficando fora de moda. Bem feito pra quem não tem nossa idade! Agora, olhar de cima, só de avião!
ExcluirConcordo até certo ponto. Se o bem feito for no bom sentido: tudo foi bem feito, aí eu concordo, mas se foi no sentido ruim, eu não concordo.
ResponderExcluirAinda bem que vimos. Somos privilegiados. Se já não podemos ver com os olhos podemos ver com a memória, com a alma e continuar a sonhar.
Vi , ainda bem que vi, senão eu nem acreditaria se alguém me contasse.
Mika